Consciência Verde! - segunda-feira, 27 de Dezembro de 2010













Lombada faz emissão de CO2 duplicar

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FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO

Quem viaja para o litoral norte paulista no fim do ano tem duas certezas: a de que vai encarar congestionamentos e inúmeras lombadas ao cruzar zonas residenciais.

Só a cidade de São Paulo tem aproximadamente 19 mil lombadas de solo, informa a prefeitura. A maioria em ruas próximas a escolas e a parques, onde o fluxo de pedestres é maior.

Segundo a ONG Criança Segura, atropelamentos são a principal causa de acidentes com crianças no trânsito.

"Se os motoristas respeitassem os limites de velocidade, não precisaríamos de lombadas. Do ponto de vista ambiental, são um problema", diz Marco Antônio Garcia Martins, pesquisador do laboratório de poluição da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo.

Segundo estudo do AA (Automobile Association, espécie de Automóvel Clube inglês), uma lombada em um quarteirão é o suficiente para o carro duplicar o gasto de combustível e a descarga de gases, entre eles a de CO2 (gás carbônico), um dos causadores do efeito estufa.

Outra consequência é o aumento da poluição sonora com frenagem e reaceleração para transpor a lombada.

ELETRÔNICA

Onerosa, a lombada eletrônica (fiscaliza a velocidade e o rodízio) exige menos do veículo. Mas há apenas 152 delas pela cidade.

Segundo o AA, um veículo, ao reduzir de 48 km/h para 32 km/h na lombada eletrônica, emite "apenas" 13% a mais do que se mantivesse um ritmo constante.

José Luiz Loureiro, gerente-executivo de engenharia da Volkswagen, explica que o esforço do motor é maior para movimentar o carro em velocidades baixas.



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